Com shows, oficinas e muito grafitti, o evento reúne artistas de várias partes do mundo e homenageia as mulheres do Hip Hop

A décima edição do Encontro Internacional Cores Femininas acontece entre os dias 31 de outubro e 3 de novembro, no Espaço Cultural Cores do Amanhã, no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife. O evento, que costuma receber em torno de 300 participantes, está com inscrições abertas até este sábado (26), por meio do formulário on line.
Neste ano, a iniciativa conta com o prêmio em homenagem às mulheres do Hip Hop, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no primeiro dia de evento, a partir das 18h. Além disso, celebra os 15 anos do Coletivo Cores do Amanhã. Todas as participantes terão garantia de alojamento, transporte para os locais de realização de atividades, materiais de pintura e alimentação.
O festival tem como público-alvo mulheres periféricas diversas, travestis, pessoas trans e trans não bináries. As atividades se dividem entre produção, oficinas, mutirões e apresentações. São vivências com o objetivo de trocar conhecimento em comunidades vulneráveis e espaços de cárcere. Além disso, o encontro potencializa formas de geração de renda através da economia criativa, fortalecimento de diversas lutas femininas e combate à violência.
Cores Femininas

O Grupo Cores Femininas chega aos seus 15 anos de trajetória em 2024. Fruto do Cores do Amanhã, a proposta nasce com a intenção de incentivar as mulheres no Hip Hop, principalmente, no segmento da arte visual. Para a grafiteira e integrante do coletivo Tati Naara, o movimento já mostra resultados. “A gente percebia que era defasada a quantidade de mulheres nessa cena na época. Hoje, já vemos a mudança nesses anos que passaram. É um fortalecimento grande para as meninas e pessoas trans que iniciam sua caminhada artística dentro do nosso encontro”, declara.
Além do encontro anual, o Cores Femininas realiza atividades ao longo do ano sempre com o objetivo de promover interação com a comunidade no entorno e conexões com outros territórios em torno do combate às desigualdades sociais.
“O grafitti é uma forma de transformação social. Temos exemplos de pessoas que conheceram o Cores Femininas dentro de uma unidade prisional, tiveram essa experiência e levaram para vida, se interessam pela arte e conseguem melhorar de vida. O grafitti também vem pra isso, mostrar que é possível, tanto gerar renda como alegrar seu dia. Além de ser economia criativa, dá alegria e cor para os bairros”, defende Naara.
Programação:
31/10
7h: abertura do alojamento
16h: saída para Alepe
18h: Prêmio de homenagem às mulheres do Hip Hop
21h: retorno ao alojamento
1/11
Vivência na Colônia Prisional Feminina de Abreu e Lima
8h: saída
17h: retorno
2/11
9h: Mutirão feminino no Cemitério Parque das Flores, com espaço infantil e oficinas
17: aniversário de 15 anos do Cores do Amanhã, com shows, feirinha e desfile de moda
3/11
10h: Vivência no Kardume (colônia pesqueira da Praia de Nossa Senhora do Ó, em Paulista), com roda de conversa sobre território e liderança feminina, mutirão de pintura, batalha de tag e show de mulheres do Hip Hop e do coco
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