Na noite desta quarta-feira (12), as ladeiras de Olinda se encheram de vermelho e branco para celebrar os 73 anos do Clube Carnavalesco Misto Elefante de Olinda, uma das agremiações mais celebradas do Carnaval pernambucano. Fundado em 12 de fevereiro de 1952, o clube se tornou Patrimônio Vivo de Pernambuco no ano de 2020 e segue arrastando multidões embaladas pelo som do frevo atemporal “Olinda nº 2”.
O desfile comemorativo contou com uma concentração nos Quatro Cantos de Olinda e um cortejo festivo, animado pela Orquestra Henrique Dias, a Cia de Dança Frevança e os Clarins de Olinda. O embalo se mostrou resultado de um verdadeiro êxtase de alegria e anseio pelas comemorações carnavalescas, mantendo viva a tradição que começou há mais de sete décadas.

A história do Elefante de Olinda teve início em uma brincadeira de amigos no Carnaval de 1950. Na casa de Dona Linda, na Rua do Bonfim, um grupo de foliões encontrou um enfeite em forma de elefante sobre a geladeira e resolveu levá-lo consigo para desfilar pelas ruas.
O gesto, até então despretensioso, cresceu e, em 1952, o clube foi oficialmente fundado por Élcio Siqueira, Walter Damasceno, Alrivelto Lopes, Caio Gomes, Expedito, Marcone Felizola e Cláudio Nigro (Mirula). Desde então, o Elefante nunca abandonou as ruas de Olinda, com exceção dos anos de 2021 e 2022, devido à pandemia da Covid-19. Ainda assim, a agremiação manteve sua tradição viva com um desfile virtual em 2022, com a participação do maestro Oséas, transmitido pelo YouTube.
Com um nome de peso, o Clube já atraiu grandes personalidades nacionais para seus desfiles, incluindo nomes como Chico Buarque e Marieta Severo acompanhando o desfile da agremiação.
Recém completados 73 anos, o Elefante de Olinda segue firme como símbolo do frevo e do carnaval de rua pernambucano. O compromisso com a cultura popular, a valorização das tradições e o esforço para se conectar com as novas gerações garantem que a história do Clube perdure por muitas décadas.
Viva o Elefante e a cultura popular!
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