Uana se propôs a reinventar o pop pernambucano com álbum “Megalomania”, em que mostra toda a grandeza da identidade e da própria trajetória musical enquanto artista.

Uana (@uanamahin) é o nome artístico da cantora e compositora recifense Uana Mahin que lançou no dia 26 de setembro o álbum intitulado “Megalomania”, disponível em todas as plataformas digitais. As 13 faixas e os pouco mais de 28 minutos ultrapassaram as expectativas do disco, que, muito antes do lançamento, já era considerado uma grande promessa do pop regional.
“Imersa na cultura popular e na música pop, tenho certeza que cada passo dessa caminhada me preparou para Megalomania”, compartilhou Uana nas redes sociais.
De trocas em trocas, Uana teve a certeza de que não podia faltar em “Megalomania” um pouco de tudo que carrega e valoriza. Das raízes recifenses, decidiu unir os ritmos populares, como o coco, o maracatu e o forró ao brega funk e ao brega romântico, incorporando-os ao pop, que tem como principal referência. E desses diálogos com outros estilos e outros artistas, Uana conseguiu transformar aquilo que soa familiar em uma composição completamente nova e singular.
As 13 faixas de "Megalomania" capturam de forma brilhante a relação de Uana com a música e com a jornada artística traçada até agora. Ao mesmo tempo, marca apenas o começo de toda uma carreira que ainda virá pela frente.
Confira abaixo uma reportagem especial sobre “Megalomania” produzida pela Manguetown Revista, com review faixa a faixa do álbum que entrega autoconfiança, sensualidade e muita grandeza.

CHAMA (INTERLÚDIO) - Um instrumental de aquecimento, que chama o ouvinte para sentir as chamas de “Megalomania”. São 36 segundos de um suave rufar de tambores capazes de dar um gostinho de tudo o que os aguarda nos próximos minutos e de criar o ambiente envolvente para dar início a “Fotografia”, música que vem logo a seguir.
FOTOGRAFIA - Aquele soar dos tambores pegam o embalo para uma caraterística composição do brega. Por soar tão familiar, pode-se até esperar ouvir algo parecido com outras produções pernambucanas do gênero, mas logo os agudos de Uana surgem para apresentar algo muito diferente do que o ouvinte pode já estar acostumado. Uana canta a nova paixão acendida por um olhar marcante que nem fotografia que torna impossível não se entregar aos desejos de mais uma noite de prazer. Com algo semelhante ao efeito do “olhar de fotografia”, a música acende a curiosidade do ouvinte para o que está por vir.
PELO AVESSO - Assim como o signo de fogo, o jeito ariano de amar de Uana pode ser quente. Por isso, em “Pelo Avesso” a artista afirma que na hora de se entregar a um novo romance, ela pode muito bem se exceder, uma vez que “só quer se jogar”. Não somente, com uma amena batida de brega funk ao fundo, Uana compartilha as sensações e os delírios por estar vivendo algo com alguém que a faz se sentir pelo avesso.
Além de ouvir, você também pode se sentir pelo avesso assistindo o visualizer protagonizado por Uana no YouTube.
ESQUINA - Neste feat com a cantora e compositora baiana, Rachel Reis, uma espécie de piseiro romântico se juntam às vozes, um pouco mais nasais, para roubar a cena. Já na letra, dividem a tentativa de se segurar, mas acabar tropeçando na própria ânsia. Bastasse uma “esquina” para se render aos desejos que, depois de atiçados, no peito não poderiam mais caber nem muito menos ficarem guardados.
PENA QUE ACABOU - “Pena que Acabou” está disponível desde 2023, período em que Uana ainda estava lapidando o álbum “Megalomania”. Dessa vez, com menos do Brega e mais do Afrobeat, a artista incorporou ritmos característicos do gênero a uma batida que perdura por toda a produção, tornando-a particularmente hipnotizante. Além disso, contribuíram para dar esse caráter à canção a essência pop de Uana e o Reggaeton que foi somado à produção.
Esta mescla de estilos evoca uma energia que faz o ouvinte não querer ficar parado. Pensando nisso, Uana produziu um dance video que também está disponível no YouTube.
Mais que isso, “Pena que Acabou” traz a perspectiva de alguém que sai de um relacionamento decidindo se priorizar, mas acaba tendo que convencer a mente de que “o beijo nem colou”. Enquanto isso, tem que conviver com uma memória muscular que torna difícil para o corpo esquecer aquela paixão que acabou sendo confundida com amor.
À PRIMEIRA VISTA - Neste feat com o multiartista de Niterói-RJ, JOCA, Uana reflete mais sobre relacionamentos, e dessa vez canta o desejo de se encontrar e a decisão de deixar a outra pessoa ir. Não foi por maldade e sim percebeu que era a hora de “se encontrar na pista”. O complemento do enredo é dado com o solo de hip-hop/rap de JOCA, em que compartilha as sensações de (re)encontrar um alguém na pista e de ter o coração esquentando pela mesma pessoa mais uma vez.
DUST - São 40 segundos de uma melodia marcada por um piano suave e a voz confiante da Maya Angelou, ao fundo, citando o trecho da poesia autoral “Still I Rise” e reafirmando o poder que tem para se reerguer. A partir daqui, o eletrônico, sobretudo o tecnobrega, passa a predominar nas produções, sendo incorporado a outros estilos que vieram graças a mais feats.
MEGALOMANIA - No single que deu nome ao álbum, um solo de rap acompanhado de um grave marcam o ápice da canção. A faixa traz também a ousadia necessária para Uana versar sobre a própria grandeza que sabe e que consegue sustentar enquanto garante não se contentar com pouco.
GULOSA - O clímax de “Gulosa” se dá logo nos segundos iniciais com o enérgico remix produzido junto ao artista de São Paulo, Mu540, que criou o ambiente perfeito para Uana narrar o quão viciante ela pode ser e, por isso, torna-se difícil ouvir e não querer dar replay. Nem feitiço, nem hipnose, só mesmo escutando para saber um dos porquês dela ser capaz de “se mudar para sua mente”.
EU TENHO O MOLHO - O tinir de um triângulo é somado a uma batida que dá toda a singularidade de “Eu tenho o molho”. Na canção, Uana se junta ao rapper Mago de Tarso para cantar a origem do “molho que vai fazer você querer mais”. Ser recifense é um dos motivos das produções terem esse tempero particular.
SÓ MAIS UMA NOITE - Aqui, o tecnobrega combinou perfeitamente com a voz suave de Uana cantando o que parece ser uma sina: voltar atrás de “mais uma noite”, jurando, dessa vez, ser a despedida oficial.
KRIPTONITA - O último single do álbum não poderia ser diferente. Graças a um remix dinâmico, a vibe de “Kriptonita” pode deixar o ouvinte extasiado. E os segundos finais comprovam que, realmente, “não tem quem pare” Uana.
DE CIMA - O remix da música anterior desacelera nos próximos 20 segundos de mais um interlúdio que vem para anunciar oficialmente o fim do álbum “Megalomania”.
Ao chegar ao fim, você percebe que os 28 minutos e 26 segundos passaram com tanta rapidez que só resta dar replay em “Megalomania”, álbum que está disponível em todas as plataformas digitais!
Comments