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Foto do escritorMaria Eduarda Silva

Oficina gratuita de cordel forma novos talentos em Brejinho e Tuparetama

Projeto “Ciclo do Cordel” promove imersão cultural e fortalece a tradição literária do Sertão do Pajeú

Foto: LeoBLemos/Divulgação

O Sertão do Pajeú, conhecido como berço de grandes nomes da literatura popular nordestina, está prestes a receber uma iniciativa de incentivo à cultura em mais duas cidades.


Entre os dias 18 e 22 de novembro, as cidades de Brejinho e Tuparetama se tornam palco para a oficina “Ciclo do Cordel”, que chega em sua segunda edição visando formar novos cordelistas na região. Com 40 horas de formação gratuita, a iniciativa é voltada exclusivamente para alunas e alunos da rede pública de ensino.


A Escola São Sebastião, em Brejinho, e a EREF Ernesto de Souza Leite, em Tuparetama, serão os pontos de encontro para essa imersão cultural e literária. Os encontros serão conduzidos por artistas da literatura, como Natália Oliveira, Carla Santana, Francisca Araújo, Thaynnara Queiroz, Luna Vitrolira e Nilson Gonçalves.


Luna Vitrolira, Natália Oliveira, Carla Santana, Francisca Araújo, Thaynnara Queiroz e Nilson Gonçalves comandarão a última etapa do Ciclo do Cordel nas cidades de Brejinho e Tuparetama, no Sertão do Pajeú. Foto: Divulgação/Ciclo do Cordel

Uma ferramenta multidisciplinar e transformadora


O “Ciclo do Cordel” não se limita a ensinar técnicas de métrica e composição. Segundo Carla Santana, uma das oficineiras, o projeto conecta a realidade dos estudantes com o universo da literatura popular, ampliando sua criatividade, senso crítico e até perspectivas de empreendedorismo cultural. Além disso, o cordel é trabalhado de forma multidisciplinar, podendo ser usado como ferramenta em disciplinas como química, matemática e história. 


“O projeto busca refletir a importância da literatura popular em suas múltiplas dimensões. Observamos que ele impacta diretamente a criatividade e o senso crítico das alunas e alunos. É tudo muito próximo da realidade, porque quando passamos as métricas, eles já entendem porque já leem e têm acesso a esse universo. Os alunos se reconhecem e a perspectiva da oficina vai além da sala, já que eles podem se transformar em empreendedores também nessa área, atuando na área da cultura. Sem contar que o cordel transcende a área de língua portuguesa e pode abordar outras áreas de conhecimento. É uma ferramenta multidisciplinar”, destaca Carla.


Culminância aberta ao público


Apesar de as aulas serem exclusivas para estudantes das escolas participantes, o encerramento desta etapa será aberto ao público. Um sarau online será realizado no dia 24 de novembro, onde os novos cordelistas apresentarão suas produções. A transmissão será feita no canal do Clube do Cordel no YouTube, uma oportunidade para conhecer e prestigiar o talento emergente do Sertão do Pajeú.


Sobre o projeto


Idealizado por Luna Vitrolira e Francisca Araújo, o “Ciclo do Cordel” já passou por cidades como Tabira e Afogados da Ingazeira, com produção executiva de Taciana Enes e apoio do Funcultura. A iniciativa é parte do Clube do Cordel, uma organização que promove o fortalecimento do cordel por meio de oficinas, eventos e ações em todo o país, contribuindo para a valorização dessa importante expressão cultural nordestina.


Com a tradição literária do Pajeú e a inovação trazida pelo projeto, a oficina se consolida como um marco no fortalecimento da cultura e da educação na região.


Imagem: Divulgação/Ciclo do Cordel

Serviço


Oficinas:

História do Cordel: Carla Santana

Oração Literária: Thaynnara Queiroz e Francisca Araújo

Métrica: Thaynnara Queiroz e Francisca Araújo

Rima: Nilson Gonçalves

Diagramação de Cordel: Natália Oliveira


Local:

Escola São Sebastião (Rua Severino da Costa Nogueira, 36, Centro, Brejinho-PE; com aula das 18h30 às 21h30) 

EREF Ernesto de Souza Leite (Rua Bom Jesus S/N, Tuparetama-PE; com aulas das 14h às 17h)


Culminância aberta ao público:

24 de novembro de 2024 no Canal do Youtube do Clube do Cordel



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