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“Casinha de Mureta”: curta pernambucano é finalista no Festival Internacional de Cinema Respira

Atualizado: há 44 minutos

Com roteiro sensível, o filme feito no Sertão do Pajeú discute memória afetiva, moradia e desigualdade


A cidade de Afogados da Ingazeira, no Sertão pernambucano, ganha destaque nacional com o curta-metragem “Casinha de Mureta”, sendo finalista do Festival Internacional de Cinema Respira. Dirigida e roteirizada pelo diretor e cineasta Leonardo Bezerra Lemos, o filme disputa o prêmio de melhor curta documental.


Leonardo Lemos e sua assistente de filmagem no set do curta Casinha de Mureta. Imagem por Bruno Mimim
Imagem: Reprodução/Bruno Mimim

O festival, sediado no Rio Grande do Sul, abre espaço e valoriza produções independentes, principalmente obras de curta duração nas categorias documentário, ficção, animação e vídeo arte, dando espaço para diversidade e representatividade. Com mais de 300 filmes inscritos, o festival chega à etapa final com 24 documentários selecionados, incluindo a obra pernambucana. A premiação dividida entre júri técnico e voto popular.


Com 18 minutos de duração, “Casinha de Mureta” está disponível gratuitamente no Youtube até o dia 30 de junho. O documentário investiga as transformações urbanas em cidades do interior, levantando questões sobre memória, pertencimento e os impactos sociais da especulação imobiliária.


O filme já foi exibido no Cine São José e na Mostra Olhares Afogadenses, lugares muito importantes e simbólicos para o município de Afogados da Ingazeira. Outras sessões estão previstas para ocorrer em municípios como Recife, Triunfo e Serra Talhada.


Com um olhar afetivo e crítico, o filme é dividido em três atos e traz entrevistas com moradores, especialistas e artistas locais. O filme fala de histórias, memórias e sentimentos. Ele mostra como a demolição dessas construções pode apagar tudo que se vive e se guarda dentro das paredes de uma casa e parte da identidade de uma comunidade. A produção não se limita à crítica, ela também propõe um olhar afetivo e político sobre as formas de habitar e resistir.


Casa com muretas. Imagem por Bruno Mimim
Imagem por Bruno Mimim

Por meio de relatos e imagens de casarões antigos demolidos, a narrativa articula temas como o sonho da moradia própria, os vínculos emocionais com os espaços urbanos e a herança cultural das construções históricas. Como diz Leonardo Bezerra Lemos no filme: “Esse filme não é sobre casas velhas, nem esse diretor não é contra a modernidade. Esse diretor é a favor dos afetos”. 



É importante valorizar e divulgar o cinema pernambucano, assistir e votar em “Casinha de Mureta".


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