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Chama Elas leva cultura Hip Hop e protagonismo feminino à comunidade da Vila Santa Luzia

Evento gratuito neste sábado (27) reúne rap, batalha de rima, graffiti, breaking, capoeira e feira artística na Zona Oeste do Recife


Ação afirmativa celebra o protagonismo feminino e periférico na cultura urbana de Pernambuco. Foto: Jefferson Gão
Ação afirmativa celebra o protagonismo feminino e periférico na cultura urbana de Pernambuco. Foto: Jefferson Gão

A cultura Hip Hop ocupa a comunidade da Vila Santa Luzia, no bairro da Torre (Zona Oeste do Recife), neste sábado (27), a partir das 13h, com a realização do Chama Elas. A iniciativa, idealizada pela rapper e produtora cultural Fabidonas, propõe um encontro gratuito que une música, dança, arte urbana e diálogo, sempre com foco no protagonismo feminino e nas vozes de mulheres negras, indígenas, periféricas e LGBTQIAPN+ de Pernambuco.


A programação acontece no Cepas (Centro de Educação Popular e Assistência Social de Pernambuco), com entrada pela Rua Jornalista Luiz Teixeira, e conta com shows de rap autoral, batalha de rima, roda de diálogo, oficina e intervenção de graffiti, performance de breaking, capoeira, discotecagem de DJs, além de feirinha de arte e brechó solidário.


“A programação une arte, formação e empoderamento feminino, fortalecendo a presença das mulheres periféricas, a raça e a diversidade de gênero na cultura hip hop. A gente também celebra a ocupação de território dentro da comunidade, a resistência cultural e a valorização de artistas locais, reforçando a transformação social a partir do hip hop e das atividades artístico-culturais. É o encontro da arte com a luta, da periferia com o protagonismo e da cultura hip hop com as vozes potentes de mulheres negras, indígenas, periféricas e pessoas LGBTQIAPN+”, destaca Fabidonas.   


Artistas e ativistas do Chama Elas fortalecem redes de apoio dentro e fora da cena hip hop. Foto: Jefferson Gão
Artistas e ativistas do Chama Elas fortalecem redes de apoio dentro e fora da cena hip hop. Foto: Jefferson Gão

Arte, resistência e formação


Mais do que uma agenda cultural, o Chama Elas se coloca como uma ação afirmativa que articula identidade, pertencimento e transformação social a partir da arte. A roda de diálogo traz temas como violência de gênero no hip hop, justiça reprodutiva e saúde sexual, com mediação de Najdathy Andrade (Cores do Amanhã) e participação de ativistas e pesquisadoras.


O graffiti aparece em duas frentes: a intervenção artística ao vivo, com as grafiteiras Naara e Edgleice Barbosa, e a oficina formativa, conduzida por Nathê Ferreira, do projeto Colorindo Recife, exclusiva para 20 mulheres da comunidade. Já a performance de breaking reúne dançarinas do interior do estado, como a Mulheriu Gang Crew (Caruaru) e San Karolayne.


Na batalha de rima, mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ disputam vagas na seletiva estadual de MC’s, em parceria com a Batalha da Escadaria. A disputa garante prêmios em dinheiro e brindes surpresa, reforçando o espaço como território de voz, arte e resistência.


Rap feminino no palco


Entre os shows, estão confirmadas N.I.X. Maxine (Arcoverde), Mc Lety, Cosmus e Rap de Afoitas, além das participações especiais de Majesgabi, Mariana Oliveira, Juana e Treice Barbosa. A discotecagem fica por conta da DJ Renna e de outras artistas convidadas, trazendo beats da cena Hip Hop. A programação também inclui roda de capoeira e uma feirinha de arte e brechó solidário, com zines, roupas, acessórios e produções criativas de artistas locais.


Uma ocupação simbólica e concreta


A apresentação do evento será feita por Nanny Nagô, que reforça o caráter político da iniciativa, “escolher esse território é uma decisão política e simbólica, até porque levar arte, diálogo e cultura para o centro das periferias é reconhecer que esses espaços são de criação, resistência e potência social. A realização dentro da comunidade não é apenas uma ação cultural, é um gesto de reparação histórica e visibilidade. É garantir que mulheres negras, indígenas, periféricas, trans e não binárias tenham acesso, voz e destaque onde vivem, sem precisar sair de seus territórios para serem ouvidas. A presença da cultura hip hop nesse cenário reforça o poder transformador da arte como mobilização e construção de futuros mais justos e igualitários”, afirma. 


Chama Elas reafirma a potência da periferia, da ancestralidade e da diversidade de gênero no rap pernambucano. Foto: Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop PE
Chama Elas reafirma a potência da periferia, da ancestralidade e da diversidade de gênero no rap pernambucano. Foto: Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop PE

O Chama Elas é realizado pela Chama Elas Produções e conta com apoio da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop PE, Batalha da Escadaria, SOS Corpo, Cepas, Associação Metropolitana de Hip Hop, Secretaria de Inovação Urbana do Recife e Gestos. O projeto também é contemplado pelo edital da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), via Ministério da Cultura, Governo Federal, Governo de Pernambuco, Fundarpe e Secult-PE.


Serviço:

Chama Elas

Data: 27 de setembro de 2025 (sábado)

Local: Rua Souza Bandeira, quadra L1 - comunidade da Vila Santa Luzia, no bairro da Torre (Zona Oeste do Recife), exatamente no Cepas (Centro de Educação Popular e Assistência Social de Pernambuco) - entrada pela Rua Jornalista Luiz Teixeira

Horário: a partir das 13h

Programação: Shows de rap feminino; Batalha de rima; Roda de diálogo; Intervenção e oficina de grafitti; Performance de breaking; Capoeira; Discotecagem de Dj’s; Feirinha de arte e brechó solidário.

Entrada gratuita 



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