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Festival Boca do Rio reúne cultura, política e meio ambiente em uma programação no bairro da Várzea

Evento é gratuito e conta com oficinas, rodas de conversas, palco aberto e muito mais


Festival Boca do Rio. Imagem: @mavi.sial
Festival Boca do Rio. Imagem: @mavi.sial

A partir desta quinta-feira (11) até domingo (14), o bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife, estará imerso em cultura, sustentabilidade e política popular. Isso porque, em mais um ano de realização, o Festival Boca do Rio reúne uma série de atividades em diferentes pontos do bairro, e traz um diálogo entre arte, meio ambiente e movimento social. Desde oficina de brega-vogue até debate sobre saúde da população negra, os quatro dias de programação  compartilham saberes de eixos variados e todas as ações são abertas ao público. 


Surgido como uma reverência ao Rio Capibaribe, o Boca do Rio busca promover debates políticos a partir da cultura, e evidenciar as manifestações sociais e artísticas do Bairro da Várzea. Agora, na segunda edição, o evento continua esse propósito e, para além disso, também inclui a cultura urbana para dentro da programação. Para Lucas da Rocha, produtor cultural e um dos realizadores do evento, “a cultura popular é o alicerce espiritual pelo qual o festival se sustenta”, por isso é tão necessário que o evento esteja ligado com o maracatu, o coco de quinta, o boi da mata, bem como com o brega, o vogue e outros.


Com locações em diferentes pontos do bairro, alguns bastante conhecidos pelos moradores ou frequentadores da Várzea, o festival acontece de forma itinerante. Um dos locais que receberão atividades é o Casarão da Várzea, espaço que protagoniza lutas de movimentos socioambientais e culturais pela sua preservação, revitalização e cuidado. 


“O casarão com certeza é um símbolo da discussão sobre direito à cidade que a gente tem aqui. Ele pode servir como abrigo das dezenas de manifestações que acontecem ao redor. Propor uma atividade nele é pensar em uma nova forma da comunidade se relacionar e se empoderar desse espaço”, destaca Lucas.


Promovido por coletivos que compõem a Associação dos moradores da Várzea, o Boca do Rio é possível graças à movimentação popular e voluntária dos realizadores. Essa construção vai desde a idealização da programação até as ações para possibilitar que os espaços estejam prontos para receber os participantes. Assim como no ano passado, por exemplo, aconteceram mutirões para a reforma da Associação, localizada na rua Amaro Gomes Poroca, próximo à praça.


Momentos de reforma da associação dos moradores da Várzea. Fotos: Lucas da Rocha
Momentos de reforma da associação dos moradores da Várzea. Fotos: Lucas da Rocha

“Foi uma movimentação que a gente fez ao longo de três dias, cuidando desse espaço que é a casa dos moradores da Várzea. Fizemos reboco, pintamos parede, arrumamos encanamento, pintamos telhado. Foi uma grande ação coletiva e voluntária, sustentada por doações”, conta Lucas. “Hoje a casa tá aqui cuidada, linda e cheirosa, pronta pra receber todo mundo, por que é isso que a gente faz quando a gente quer receber visita: a gente prepara os espaços para que todo mundo se sinta bem”.


Confira abaixo a programação completa do Festival Boca do Rio Ano II e, para saber mais, acompanhe o perfil oficial do festival: @bocadorio_festival




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