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Foto do escritorGenivaldo Henrique

Zendo se diverte com o desejo intenso para se descobrir em "Âmago", novo EP

EP, lançado neste sábado (23), está disponível nas plataformas de streaming, e conta com seis faixas que contam uma história de amor inacabada Quem já ouviu Zendo sabe muito bem que é difícil passar sem sentir algo. E sabe aquele momento em que o desejo fala mais alto que a razão? Que a coisa que parecer se a mais impossível do planeta - de toda a sua existência, até - é ficar longe daquela pessoa? É justamente sobre isso que isso que o artista recifense canta em "Âmago", seu EP de estreia, com seis faixas, lançado neste sábado (23).


No EP, Zendo fala sobre todas as peripécias e facetas que existem no processo de amar - e ser amado, tanto por si mesma, quanto por outra pessoa. Fala sobre a vontade, a dor e o reconhecimento passadas as dúvidas.

Zendo se diverte com o desejo intenso para se descobrir em "Âmago", novo EP. - Foto: Reprodução/Instagram

Em "Depois te ligo", faixa de abertura, o artista brinca com aquele momento no qual se conhece uma pessoa avassaladora. Do momento em que sente a conexão, mas sabe, por experiências do passado, tudo que aquilo pode carregar. "Ainda vai rolar", como ele mesmo fala, mas é preciso ter cuidado. Com batidas rápidas - presentes na maior parte do EP -, há até uma certa ânsia pelo que há por vir. Há vontade de viver.


"Não Dá Mais", segunda faixa, Zendo continua a história, desta vez falando sobre o desejo cada vez mais constante. Para ele, não há mais condições de amar tanto, porque isso pode acabar em dor. A imprevisibilidade que castiga. Mas, bem, amar é sobre isso. A música é um tradicional brega-funk recifense, com altos e baixos na composição, e tem como destaque a participação especial de Doralyce, que engrandece a produção com seus vocais poderosos.


"Âmago" é o interlúdio perfeito, e descreve bem a dualidade entre amar e sentir medo da dor que pode vir com aquilo. "No final da noite, tu precisa de quem?" é a pergunta que reverbera no interior de Zendo. É nesse momento que ele percebe que, "depois de fazer, querer e perder", como ele mesmo pontua, ainda vai precisar se encontrar. O artista entende que, para amar alguém, tem que, primeiro, se aceitar. Ele descreve um pouco disso em "Provinha", quarta faixa regada a dúvida e busca por autoconhecimento.




A partir daí, Zendo começa a analisar o próprio comportamento em "Queda". A música, um pop melódico, é, inclusive, destaque do EP, muito por esse senso de descoberta, essa pessoalidade passada pelo artista. Um ideia de saber enquanto estar com o outro. É difícil, claro, mas não impossível. A queda, para o artista, é perceber que se entregou tanto ao ponto de não saber mais quem é. "Âmago é uma visita a parte mais profunda do meu ser. É sobre vontades, entendimentos e reconstrução", explicou o cantor, nas redes sociais.


Partindo dessa ideia, "Só sei andar só" é o encerramento perfeito para a história - se é que ela tem um final. Mais intimista, com uma produção feita em curtos arranjos do violão e uma flauta para dar um charme, o destaque fica para os vocais do cantor. Zendo percebe, por fim, que precisa se achar para poder encontrar outra pessoa. Que precisa primeiro "se abraçar" para ser feliz.



Isso, claro, não é definitivo, já que o próprio Zendo pontuou, na divulgação, que o EP é a história de um "personagem inacabado". Por mais que, nesse recorte, acabe "só", o artista vê beleza em simplesmente ter se encontrado, ansioso pelo que está por vir. E não existe algo mais belo que isso.


"Âmago", EP de estreia de Zendo, está disponível em todas as plataformas de streaming de música, e é, claro, indicação fortíssima da Manguetown Revista.

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