Em tempos de ultratecnologia, a arte pode ser uma das saídas para curar as nossas dores e unir as pessoas
Com o tema “a arte como cura das angústias atuais”, a 11ª edição do Festival de Cinema de Caruaru segue até sábado (31), com exibições de mais 55 filmes gratuitos. Eles serão exibidos no Teatro João Lyra Filho.
O festival, que já acontece desde 2014, tem os objetivos de fomentação da cultura local, intercâmbio entre realizadores, incentivo às produções locais e a formação de público para o cinema independente.
Entre os autores pernambucanos, destacamos a cineasta e atriz Julie Ketlem, natural de Caruaru. Seu filme de estreia na direção (ela também estrela e roteiriza o mesmo), o curta "Conexão", será um dos exibidos no festival. Com um orçamento de 5 mil reais, obtidos por uma vaquinha online, a obra mescla técnicas de animação com um aspecto de terror e o drama de uma jovem no pós-isolamento da pandemia. O curta de Ketlem foi selecionado e apresentado no 77th Festival de Cannes, na mostra “Short Film Corner”, em maio deste ano.
Programação do festival
A primeira etapa das exibições já foi realizada, entre os dias 12 e 16, com as mostras infantil e adolescine nas escolas públicas da cidade.Além disso, o evento promoveu a mostra itinerante acessibilidade, na sede da Associação de Pessoas com Deficiência de Caruaru (APODEC).
A partir desta quarta-feira ( 28), a mostra competitiva exibirá os filmes nas categorias como: mostra pega leve, mostra agreste, mostra brasil, mostra latino-americana e mostra fantásticos, às 19h, com entrada franca.
Quarta-feira (28)
Mostra Pega Leve
Paraíso, dir. Valentina Salvestrini, São Paulo – SP, 12 min, 12.
Mostra Latino-Americana
Tênue, dir. Leonardo Pérez, Venezuela, 13 min, 12.
Doença do Sono, dir. Cristiano Paiz, Guatemala, 4 min, 16.
Para as Memórias, dir. Rodrigo Ugalde, México, 17 min, L.
Na Bolha, dir. Valeria Pérez Delgado e Florencia Fernández, Argentina, 12 min, L.
Dias de Chuva, dir. Ainara Iungman, Argentina, 15 min, 14.
Mostra Fantásticos
Encruzilhada Bar, dir. Johann Jean, Natal – RN, 10 min, 12.
Dia de Preto, dir. Beto Oliveira, Piracicaba – SP, 15 min, 12.
Autocuidado, dir. Sofia Pires, São Paulo – SP, 8 min, L.
Noite de Jogos, dir. Stefany Taglialatella, São Paulo – SP, 20 min, 14.
Guimbo, dir. Giordano Benites, Porto Alegre – RS, 9 min, 12.
Mau Presságio, dir. Rhodes Madureira, Belo Horizonte – MG, 4 min, 14.
Lá Fora, dir. Louis Fernanda, Caruaru – PE, 2 min, L.
Quinta-feira (29)
Mostra Pega Leve
Operação Enjoei do Bingo, dir. Vinicius Damasceno, São Paulo – SP, 6 min, L.
Mostra Agreste
Para Onde Eu Vou?, dir. Fabi Melo, Campina Grande – PB, 6 min, L.
Ordenação, dir. José Railson, Campina Grande – PB, 8 min, 12.
Flor do Coco, dir. Vinícius Tavares, Toritama – PE, 15 min, L.
O Rebanho de Quincas, dir. Rebeca Souza, Boa Vista – PE, 11 min, L.
O Canto, dir. Isa Magalhães e Izabella Vitório, Arapiraca – AL, 15 min, L.
Mostra Brasil
Não Olhe Para Mim, dir. Natasha Atab, São Paulo – SP, 10 min, L.
Onde as Flores Crescem, dir. Fabrício de Lima, Santos – SP, 15 min, L.
O Sacro e o Profano de Araújo e Verônica, dir. Rivanildo Feitosa, Teresina – PI, 15 min, 16.
Conexão, dir. Julie Ketlem, Caruaru – PE, 15 min, L.
Terminal, dir. Getsemane Silva e Guilherme Bacalhao, Brasília – DF, 15 min, 14.
Aquela Mulher, dir. Marina Erlanger e Cristina Lago, Rio de Janeiro – RJ, 14 min, L.
Expresso São Valentim, dir. Guilherme Ayres e Luiza Torres, Santos – SP, 14 min, L.
Dinho, dir. Leo Tabosa, Recife – PE, 20 min, L.
Sexta-feira (30)
Mostra Pega Leve
Sonata Beladona, dir. Antônio Rafael, Aracaju – SE, 13 min, 14.
Mostra Agreste
Graffito, Logo Existo, dir. Leandro Machado, Caruaru – PE, 18 min, 10.
La Ursa, dir. Joebson José, São Caetano – PE, 9 min, L.
Black Out – A História Apagada no Palco da Arte, dir. Renan Oliveira, Caruaru – PE, 15 min, 12.
Drag Queens em Cena: A Expressão de Almas Artísticas, dir. Alana Pereira, Caruaru – PE, 9 min, L.
Mostra Brasil
Diga ao Povo que Avance, dir. Evelyn Freitas, Mossoró – RN, 15 min, L.
Dona Taquariana, Uma Cabocla Brasileira, dir. Abimaelson Santos, São Luis – MA, 14 min, L.
Dente, dir. Rita Luna, Camaragibe – PE, 20 min, L.
Eu Não Sei Se Vou Ter Que Falar Tudo de Novo, dir. Vitória Fallavena e Thassilo Weber, Rio de Janeiro – RJ, 14 min, L.
Umbilina e Sua Grande Rival, dir. Marlom Meirelles, Bezerros – PE, 20 min, L.
Pequenas Insurreições, dir. William de Oliveira, Curitiba – PR, 13 min, 10.
Samuel Foi Trabalhar, dir. Janderson Felipe e Lucas Litrento, Maceió – AL, 16 min, 10.
Sábado (31)
Mostra Especial Caruaru
Cultura em Movimento: O Hip-Hop em Caruaru, dir. Igor Lira, Caruaru – PE, 20 min, 12.
Abandono Urbano: Uma História não Contada do Alto do Moura, dir. Keyliane Maria, Caruaru – PE, 10 min, L.
Para mais informações sobre o festival e locais, acesse o site oficial do Festival de Cinema de Caruaru: https://festivaldecaruaru.com.br/2024/programacao/.
Homenagem
No último dia do evento, 31, será realizada uma exibição especial com curtas de Caruaru e a cerimônia de premiação dos filmes do festival.
Além disso, nesta edição, o CineFest Caruaru irá homenagear Jô Albuquerque. Com mais de 49 anos de experiência, ele é ator, diretor, roteirista e professor de artes cênicas. Atualmente, ele exerce o cargo de presidente da Associação dos Artistas de Caruaru (ASSARTIC).
Participou de vários grupos de teatro de Caruaru: Teatro Experimental de Arte – TEA, Grupo SESC, Cia. Feira de Teatro Popular e Cena Viva.
Jô Albuquerque fundou a Cia. Mambembe Tô-Na-Rua-Tô-No-Palco no ano de 1996 e ministrou oficinas no Período 1980 / 2007 no Teatro Experimental de Arte – TEA. Além disso, ministrou oficina no Rotary Norte. Ministra oficina no Teatro João Lyra Filho desde 2006. Também foi um dos coordenadores do FETEAG/FESTEPE. Criou a “Noite da Poesia”, intitulada “A Força da Palavra”. Atuou no longa-metragem de Francisco Ramalho “Canta Maria” e nos curtas “João Heleno dos Brito”, de Neco Tabosa, “Terra Firme” de Edvaldo Santos. Dirigiu e roteirizou “Jesus Também Foi Menino”.
A arte como cura
Qual é a sua angústia? Filmes são nossos escapes da realidade. Produzir, escrever, trabalhar, comprar, consumir, crescer, bater meta... Ufa! Que tal um filminho para acalmar o coração? Dê uma chance para o cinema e nos conte se achou um refúgio para a sua mente.
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