“Nos circundam
Nos circulam
Por onde Vamos
E não deixam
Rastros, Rasos
Deixam cicatrizes
Tão profundas
Que não sei Mais
Quem sou eu
Quem é a
Cidade do Recife”
trecho do poema de Patricia Gonçalves Tenório.
Recife causa uma ligação peculiar entre as pessoas, aquela velha ideia de que "todo mundo se conhece" ou que "Recife é um ovo". Essa conexão pode ser perfeitamente associada ao livro Recife é o Meu Nome, de Patricia Gonçalves Tenório, publicado pela Editora Raio de Sol. No entanto, é importante ressaltar que a obra da escritora vai muito além dessa percepção comum. Com uma criatividade singular e uma fluidez envolvente, o texto se desenrola de maneira leve e cativante, prendendo o leitor do início ao fim. A leitura flui de forma tão gostosa que pode ser facilmente concluída em uma ida a um restaurante-café.
O romance é construído a partir das perspectivas de dois personagens: Letícia e Rafael, jovens despretensiosos cujas histórias, de maneira surpreendente, convergem de forma instigante. A narrativa é quase uma viagem pelos bairros do Recife, especialmente o Centro da cidade e seus arredores. Ao longo dessa jornada, Patricia não apenas conta as histórias dos protagonistas, mas também escreve e descreve com detalhes ricos e afetuosos os bairros importantes da capital pernambucana.
Um dos aspectos mais interessantes da obra é que, em vários momentos, há pausas que permitem ao leitor entender como construir seu próprio texto, como se fosse uma receita de bolo, porém muito mais profunda e detalhada.
A Manguetown Revista indica “Recife é o Meu Nome” para você viajar por uma história gostosa de ser lida. Quem sabe você não tenha a sorte de Letícia e Rafael?
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