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Novos olhares na Fenearte 2025: artistas estreantes ampliam os sentidos da “feira das feiras”

Filho de Mercúrio, Marja Calafenga e Ywri Rafael fazem primeira participação  no evento com trabalhos que reafirmam o pertencimento, a ancestralidade e a força da arte feita no presente


Em 2025, a Fenearte celebra seus 25 anos de existência reafirmando o compromisso com a diversidade cultural de Pernambuco, do Brasil e do mundo. Consolidada como um dos maiores encontros de arte popular da América Latina, a feira reúne expressões que atravessam o artesanato, as artes visuais, a moda, a culinária e outras linguagens que transformam o evento em um verdadeiro mosaico criativo. Como canta Lenine em “Leão do Norte”, “são tantas histórias”, e é nesse território simbólico que a feira continua pulsando, reinventando-se a cada edição.


Da direita para a esquerda: Filho de Mercúrio, Marja Calafenga e Ywri Rafael. Imagem: Reprodução/Filho de Mercúrio | Reprodução/Redes Sociais | Neil Armstrong/Reprodução
Da direita para a esquerda: Filho de Mercúrio, Marja Calafenga e Ywri Rafael. Imagem: Reprodução/Filho de Mercúrio | Reprodução/Redes Sociais | Neil Armstrong/Reprodução

Mesmo após décadas de resistência e valorização das tradições, a Fenearte segue como palco fundamental para o surgimento de novos artistas que encontram ali uma vitrine potente para apresentar seus trabalhos ao grande público. Em sua cobertura especial, a Manguetown Revista destaca três nomes que estreiam na chamada “feira das feiras”, tema da edição de 2025: Filho de Mercúrio, Marja Calafenga e Ywri Rafael , que chegam com propostas singulares e profundas conexões com suas identidades e territórios.


Esses artistas emergentes estreiam em um momento simbólico para a feira, carregando o frescor da novidade e o peso das referências que os moldaram. Suas produções atravessam o cotidiano, o simbolismo, a cultura popular e as urgências contemporâneas, elementos que tornam suas participações fundamentais para pensar o presente e o futuro da arte em Pernambuco.


Filho de Mercúrio


Natural do Recife, Eduardo Amorim assina como Filho de Mercúrio e estreia na Fenearte ocupando o estande 155, na rua 03. Seu trabalho chama atenção pela mistura entre o imaginário popular nordestino, afetos do cotidiano e simbolismos pessoais que costuram identidade e experimentação.


Conhecido por integrar o design com narrativas culturais e políticas, o artista levou à feira uma seleção especial de obras,  algumas delas inéditas, criadas especialmente para esse encontro. “Sempre admirei a feira como visitante. Agora, poder vivê-la como expositor é muito especial. Preparei uma seleção de peças que representam bem minha pesquisa e também criei obras inéditas pensando nesse encontro com o público”, afirma.


Marja Calafange


No estande 42, na rua 01, quem também marca presença pela primeira vez é Marja Calafenga. Para a artista, a estreia na Fenearte representa a realização de um sonho nutrido por anos de dedicação e trabalho. “Ser selecionada entre tantos nomes potentes é uma honra e uma inspiração. É o reconhecimento do meu fazer artesanal, mas também a chance de apresentar meu olhar a um público diverso, em um espaço estratégico para visibilidade, trocas e celebração da cultura”, afirma. Inspirada pela arte popular e pela cultura pernambucana, Marja reforça o compromisso com suas raízes e destaca a feira como um espaço que potencializa conexões e oportunidades.


Ywri Rafael – Confeitaria Manuê


Na Rua 01, estande 52, a força dos estreantes na Fenearte 2025 também se destaca na gastronomia. O chef Ywri Rafael, à frente da Confeitaria Manuê, participa pela primeira vez da feira e já celebra resultados surpreendentes. Apenas no sábado (12), esgotou uma produção de aproximadamente 177 kg de bolo. “Pensamos que essa quantidade daria conta de toda a feira. Eu vendi aqui o que não vendi na minha vida inteira. Superou todas as expectativas. Estamos virando noites para dar conta da demanda, o movimento está impressionante”, comemora. Com a meta inicial de alcançar R$ 50 mil em vendas ao longo de todo o evento, o valor foi atingido já no domingo (13), consolidando sua estreia como uma das mais expressivas desta edição.


Em sua 25ª edição, a Fenearte reafirma seu papel como espaço de celebração, permanência e renovação. Ao reunir artistas como Filho de Mercúrio, Marja Calafange e Ywri Rafael, a feira comprova que tradição e inovação não se opõem, pelo contrário, se entrelaçam na potência de uma arte viva, sensível e em constante transformação.


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