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Pandeirada: projeto social leva inclusão pelo agreste pernambucano

Iniciativa oferece oficinas de pandeiro para pessoas cegas e com baixa visão em Caruaru e Garanhuns, promovendo acesso à cultura e autonomia


Alunos mergulham na experiência do pandeiro, sentindo o ritmo e a alegria em Caruaru. Foto: Fernando S/Pandeirada
Alunos mergulham na experiência do pandeiro, sentindo o ritmo e a alegria em Caruaru. Foto: Fernando S/Pandeirada

O ritmo contagiante do pandeiro está prestes a transformar a vida de muitas pessoas no Agreste de Pernambuco. O projeto Pandeirada - Sentindo a Música, idealizado pelo percussionista Isaac Souza e produzido por Marcela Souza, leva oficinas gratuitas de pandeiro para pessoas cegas ou com baixa visão em Caruaru e Garanhuns. Uma iniciativa que celebra a inclusão, a aprendizagem musical e a força dos ritmos populares pernambucanos.


Com o apoio da Lei Aldir Blanc em Pernambuco, as aulas acontecem nos dias 2 e 3 de junho na Associação Caruaruense de Cegos (ACACE), em Caruaru, e nos dias 5 e 6 de junho na Associação dos Deficientes Visuais do Agreste Meridional de Pernambuco (ADVAMPE), em Garanhuns.

Isaac Souza, idealizador do projeto, celebra o poder transformador do pandeiro como ferramenta de inclusão e conexão. Foto: Divulgação/Pandeirada
Isaac Souza, idealizador do projeto, celebra o poder transformador do pandeiro como ferramenta de inclusão e conexão. Foto: Divulgação/Pandeirada

Do Recife para o Agreste: Uma Jornada de Acessibilidade


O projeto "Pandeirada - Sentindo a Música" não é novidade. Sua primeira edição, em 2024, no Recife, também com incentivo da Lei Aldir Blanc, levou a alegria do pandeiro para mais de 60 jovens e adultos nas comunidades do Bode e do Coque, e na Associação Beneficente dos Cegos do Recife (ASSOBECER). Agora, em 2025, o projeto se reinventa, focando exclusivamente no público com deficiência visual do Agreste, com o objetivo de expandir o acesso à cultura por todo o estado. E tem mais: uma edição em Olinda está prevista ainda para este ano.


Para Isaac Souza, músico e arte-educador, o pandeiro é um instrumento poderoso e acessível. "Ele é uma verdadeira ponte entre o corpo e a cultura popular", explica. "Nossa missão é oferecer não só o aprendizado musical, mas também uma experiência de pertencimento e conexão".


As oficinas do Pandeirada são pensadas para que os alunos, literalmente, "sintam a música". Com foco nos sentidos corporais, como o tato e a audição, e utilizando instrumentos adaptados em alto relevo, as aulas garantem autonomia e um aprendizado imersivo. A metodologia inclui aulas práticas, audiodescrição e exercícios corporais e rítmicos. Ao final das aulas, os participantes terão a oportunidade de fazer uma apresentação musical aberta para amigos e familiares, mostrando as habilidades que desenvolveram.


Participantes das oficinas exploram o instrumento e a cultura popular, quebrando barreiras. Foto: Fernando S/Pandeirada
Participantes das oficinas exploram o instrumento e a cultura popular, quebrando barreiras. Foto: Fernando S/Pandeirada

Marcela Souza ressalta o impacto que vai além da música. "Essa vivência tem um valor imensurável para os participantes. Apresentar uma oportunidade de inclusão, usando a música como uma atividade terapêutica e formação de novos pandeiristas, quebrando barreiras sociais, tendo as associações como espaço de afeto, escuta e autonomia", opina. "Estamos promovendo uma verdadeira transformação social por meio da cultura, valorizando a música de tradição", finaliza.


SERVIÇO:

Projeto Pandeirada - Sentindo a Música

2 e 3 de junho, na ACACE (Av. Manoel José da Silva, 1 - Jardim Boa Vista, Caruaru - PE)

5 e 6 de junho, na ADVAMPE (R. Prof. Soriano Furtado, 383-301 - Severiano Moraes Filho, Garanhuns - PE)

Gratuito | Com apoio da Lei Aldir Blanc em Pernambuco

Mais informações: Instagram @pandeirada | @acacecaruaru | @advampedv 







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