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“Senhoritas”, da pernambucana Mykaela Plotkin, faz sua estreia nacional na programação do Cine PE

Atualizado: 15 de jun.

Integrando a mostra competitiva de longa-metragem, a ficção evidencia a vitalidade presente no envelhecimento feminino




“Senhoritas” chega à sua cidade natal nesta quarta (11) como único filme de Pernambuco a disputar o prêmio da  Mostra Competitiva de longas-metragens do 29º Cine-PE. Gravado em 2022, o longa teve como cenários, além de Recife, as cidades vizinhas Olinda e Cabo de Santo Agostinho e conta com elenco majoritariamente pernambucano. 


A produção, que marca a estreia na ficção da roteirista e diretora pernambucana Mykaela Plotkin,  já conquistou o Prêmio de Melhor Filme no 33º Festival de Biarritz América Latina (França) e o troféu de Melhor Longa no 10º BANGIFF – BangkokThai International Film Festival. Depois do público recifense, o longa tem previsão de exibição no 48º Festival Guarnicê de Cinema , no Maranhão, e no Festival TURICINE, no Equador. 


A obra celebra ainda mais uma estreia: a da atriz, artista plástica, cenógrafa e figurinista, Analu Prestes em seu primeiro papel principal no cinema, com a protagonista Lívia. Completam o elenco Valentina Clause, Tânia Alves, Genézio Barros e Clarissa Pinheiro.


"Senhoritas" (Foto: Divulgação/ Filme)
"Senhoritas" (Foto: Divulgação/ Filme)

Vitalidade feminina após os 70 anos


“Senhoritas” conta a história da arquiteta aposentada Lívia que leva uma rotina monótona cuidando da casa e da neta pequena, vivida por Valentina Clause, de 4 anos. A vida da personagem passa por uma grande transformação a partir do reencontro com uma amiga da juventude, a Luci, interpretada pela atriz Tânia Alves. 


Com vivências bem diferentes de Lívia, Luci abre caminhos para que a amiga redescubra prazeres e se permita ter novas experiências, confrontando tabus em torno de sua sexualidade e expectativas de familiares e sociedade acerca das possibilidades de modos de vida para mulheres na terceira idade 


“A ideia de Senhoritas nasceu quando, ainda universitária, percebi que as minhas avós eram muito mais livres do que eu. Passei a imaginar a velhice como um terceiro ato vibrante, quase uma segunda adolescência, e quis filmá-la desse jeito: cheia de cor, desejo e movimento. Coloquei essas mulheres em enquadramentos normalmente reservados a personagens jovens e filmeii o sexo maduro com uma sensualidade que pode ‘aquecer’ espectadores de qualquer idade. O resultado é um convite a enxergar a beleza dos corpos não hegemônicos e, sobretudo, um lembrete para todas as gerações: há muito a viver”, revela Mykaela.

“Senhoritas” é uma produção Vilarejo Filmes em coprodução com Home Films (México), fotografia de Cris Lyra, direção de arte de Ana Mara Abreu, trilha original de Daniel Simitan e versão inédita de “Fullgás” pela voz da pernambucana Flaira Ferro.


O projeto conta com recursos da Ancine, FSA e BRDE, patrocínio da  Johnnie Walker e Ibermedia, incentivo do Governo de Pernambuco, Secretaria de Cultura de Pernambuco, Fundarpe e Funcultura, realização da Lei Paulo Gustavo, Governo de Pernambuco, Ministério da Cultura e Governo Federal do Brasil, além do apoio do programa Brasil no Mundo | Projeto Paradiso para internacionalização, MUMA, Fiat Fiori e Sexy Shop Doce Pimenta.


 Mostra Competitiva de longas-metragem


O Cine PE ocupa o Cinema São Luiz e o Cine Teatro do Parque, no centro do Recife, desde segunda (9) e segue até o domingo (15). A programação completa pode ser conferida no site do evento. 


Além de “Senhoritas”, integram a Mostra Competitiva de longas-metragem os filmes: “A melhor mãe do mundo” (SP), de Anna Muylaert; “Nem toda história de amor acaba em morte” (PR), de Bruno Costa; “Itatira” (SP), de André Luís Garcia.


Soma-se à lista  “O ano em que o frevo não foi pra rua”, dirigido pela pernambucana Mariana Soares e pelo paulistano Bruno Mazzoco. O documentário, exibido nesta terça (10),  registra a ausência do carnaval durante a covid-19 e importância do frevo na resiliente manifestação cultural de Recife, trazendo figuras como Fernando Zacarias, o seu Zacarias, porta-estandarte do Galo da Madrugada, considerado o maior bloco carnavalesco do mundo; Lúcio Vieira da Silva, maestro da Orquestra Henrique Dias, que anima dezenas de blocos e troças carnavalescas de Olinda; Carlos da Burra, responsável por carregar o mais importante de todos os bonecos de carnaval, o místico Homem da Meia Noite; Nena Queiroga, que há mais de 30 anos comanda multidões em cima dos trios elétricos do Galo da Madrugada; e Spok, maestro que se intitula como “último folião” por ser o responsável a pela apresentação de encerramento dos festejos no marco zero do Recife. 




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