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Som das ruas do DJ Holandês chega ao Coquetel Molotov para sacudir as pistas

Com uma sonoridade que incorpora referências da cultura periférica, o DJ Holandês desmistifica a música eletrônica e amplia os limites do gênero.


Pedro Mota, mais conhecido como Holandês, é DJ, produtor musical e designer recifense. Com dez anos de trajetória, já transitou por diversos estilos, do erudito ao funk, mas é na música eletrônica que encontrou sua identidade.


Em entrevista exclusiva à Manguetown Revista, o artista falou sobre sua caminhada e sobre sua participação no festival No Ar Coquetel Molotov 2025, que acontece neste sábado (6).


"Sempre senti necessidade de criar coisas novas, acho que o flerte com a música eletrônica vem de tentar incorporar novos elementos ao que eu já fazia." conta Holandês.


DJ Holandês Imagem: Aj Santa Rosa (@ajotasantarosa)
DJ Holandês Imagem: Aj Santa Rosa (@ajotasantarosa)

Holandês


Em suas produções, o artista mistura gêneros como ghetto, funk e hip-hop com a música eletrônica. "Sinto que todos esses gêneros partem do rap, que sempre ouvi muito, então para mim é algo até natural. Depois de um tempo ouvindo você consegue identificar os padrões e ir experimentando com isso."  explica.


Além da sonoridade, Holandês destaca a importância de produzir no eixo Norte–Nordeste como gesto político e de afirmação, pois “quebrar o padrão sul sudeste é algo essencial, ter músicas que são tidas como destaque com certeza é levantarmos a bandeira da nossa casa, uma forma de dizer que estamos aqui e fazemos do nosso jeito. Eu busco fazer um som que impressione e que faça as pessoas dançarem sem pensar muito sobre si e que embarcam nos cenários que crio." conta o artista. 


Holandês é uma das atrações do palco KMKZE no No Ar Coquetel Molotov. Segundo ele, o convite foi recebido com entusiasmo:


"Fiquei muito feliz , porque acho que é um sinal de as pessoas estão notando meu trabalho." conta 


Com um set que inclui clássicos do drum and bass como Goldie, Adam F e Roni Size, o DJ espera transmitir sua energia ao público.


"Espero que se sintam conectados de alguma forma com o que eu quero transmitir, e claro, que dancem muito" 



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