O cinema de Gabriel Mascaro costuma se inspirar nas fissuras do cotidiano para revelar tensões sociais com delicadeza e precisão. Em “Boi Neon” (2015), o diretor já explorava os dilemas e contradições da masculinidade sertaneja; em “Divino Amor” (2019), antecipava um Brasil distópico marcado pelo fervor religioso. Agora, em “O Último Azul” (2025), Mascaro retorna à ficção para tocar uma ferida ainda mais íngreme: a forma como a velhice é tratada e esvaziada de sentido no cená