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18ª Semana Estadual do Patrimônio Cultural valoriza memória e identidade pernambucana

Em 2025, a Semana promove atividades que aproximam a população da história, memória e expressões culturais de Pernambuco.


O evento acontece de 18 a 22 de agosto, e em sua 18ª edição, apresenta uma nova logomarca permanente e uma programação dividida em quatro segmentos: Brincar, Interpretar, Experimentar e Pensar o Patrimônio. Cada eixo reúne atividades como oficinas, debates, mostras, visitas guiadas e apresentações culturais, aproximando o público das diversas referências culturais.


Coordenada pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), a Semana Estadual do Patrimônio Cultural de Pernambuco é realizada anualmente desde 2008, com objetivo de celebrar e valorizar a diversidade cultural do estado, além de ampliar o debate sobre a importância da preservação do patrimônio cultural.


    Nova logomarca da 18ª Semana Estadual do Patrimônio Cultural de Pernambuco. Imagem: Fundarpe/Divulgação 
Nova logomarca da 18ª Semana Estadual do Patrimônio Cultural de Pernambuco. Imagem: Fundarpe/Divulgação 

Além da programação, haverá a entrega do Plano de Salvaguarda da Ciranda, um documento que orientará ações para garantir a continuidade dessa expressão cultural fundamental para identidade pernambucana. 


Descubra Patrimônios Culturais de Pernambuco


No dia 6 de agosto de 2025, o Governo de Pernambuco anunciou dez novos nomes, entre mestres, mestras e grupos, que passaram a integrar o Registro do Patrimônio Vivo do Estado (RPV-PE), totalizando 115 reconhecimentos. Hoje,  Pernambuco conta com ao menos 2.149 patrimônios registrados, entre materiais, imateriais e vivos.


Muitos desses patrimônios são amplamente conhecidos, como o Frevo, Maracatu, o Cinema São Luiz, a Torre Malakoff, J. Borges e Lia de Itamaracá. No entanto, para destacar a riqueza da diversidade pernambucana, a Manguetown Revista apresenta alguns patrimônios culturais não tão difundidos, mas igualmente importantes:


Parque Nilo Coelho de Esculturas monumentais


Escultura de sanfoneiro do Parque Nilo Coelho de Esculturas monumentais. Imagem: Genilson Brejo
Escultura de sanfoneiro do Parque Nilo Coelho de Esculturas monumentais. Imagem: Genilson Brejo

Tombado pela Fundarpe, o Parque Nilo Coelho de Esculturas Monumentais está localizado no município de Brejo da Madre de Deus. O espaço conta com 37 peças de dois a sete metros de altura, agrupadas em nove setores temáticos. Ali, é possível encontrar figuras do cotidiano nordestino e personagens célebres como Lampião, Maria Bonita e Plínio Pacheco, além de representações ligadas à religiosidade popular. As obras foram realizadas por 50 artesãos sob a coordenação do mestre Manoel Cazé, referência na escultura em cimento. O parque é considerado um dos maiores conjuntos de arte a céu aberto do estado e funciona também como um espaço educativo e de preservação da memória cultural pernambucana.


Mestre Galo Preto


Imagem de apresentação do Mestre Galo Preto. Imagem: Arnaldo Félix/SECULT-PE FUNDARPE.
Imagem de apresentação do Mestre Galo Preto. Imagem: Arnaldo Félix/SECULT-PE FUNDARPE.

Tomaz Aquino Leão, conhecido como Mestre Galo Preto, é uma das maiores referências da música popular nordestina. Cantador, repentista, embolador e o mestre de coco mais antigo em atividade no estado, iniciou sua carreira aos 12 anos, apresentando-se na Rádio Clube de Pernambuco. Hoje, aos 90 anos, mantém-se ativo em apresentações, festivais e rodas de coco. Patrimônio Vivo desde 2011, ele é um dos guardiões da tradição oral do estado, com seu pandeiro ecoando poesia, ritmo e memória cultural. Residente em Paulista, Mestre Galo Preto é símbolo da resistência cultural e da força da ancestralidade da música popular.


Conjunto Arquitetônico de Nossa Senhora do Ó


Igreja Nossa Senhora do Ó. Imagem: Artur Marinho
Igreja Nossa Senhora do Ó. Imagem: Artur Marinho

Tombado pela Fundarpe, o Conjunto Arquitetônico de Nossa Senhora do Ó é composto pela igreja Nossa Senhora do Ó, um cemitério anexo e as casas dos romeiros. Localizado no município de Paulista, foi erguido em 1811 para substituir uma construção anterior que havia sido destruída pelo avanço do mar. Até hoje, o espaço mantém forte devoção popular, recebendo romarias e manifestações de fé, além de preservar uma parte importante parte da memória histórica e religiosa da Zona da Mata Norte de Pernambuco.


Bandas de Pífanos de Pernambuco


Banda Raça Negra Boa Vistana. Imagem: Claudia Lisbôa 
Banda Raça Negra Boa Vistana. Imagem: Claudia Lisbôa 

Reconhecidas em 2022 como patrimônio cultural imaterial do estado, as bandas de pífanos são formações musicais tradicionais que resistem ao tempo, especialmente no Agreste e no Sertão. O som é produzido por instrumentos como pífano ou pife (flauta de madeira ou taboca), zabumba, contra-surdo, tarol e pratos. Em Pernambuco, já foram mapeadas mais de 82 bandas ativas, que desempenham papel fundamental em festas religiosas, celebrações juninas, procissões e feiras populares.


Do frevo às bandas de pífanos, cada bem cultural traduz a criatividade e a resistência do povo pernambucano. Celebrar e refletir sobre eles é também um convite para que a sociedade reconheça seu papel na manutenção dessas memórias vivas, garantindo que sigam inspirando e transformando gerações futuras.


Confira a programação completa da 18ª Semana Estadual do Patrimônio Cultural de Pernambuco









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