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Documentário “Desaguar no Beberibe” é premiado pelo TCE e denuncia precariedade do saneamento no Grande Recife

Letícia Barbosa, editora da Manguetown Revista, participou da produção que mostra rodízio de água e baixa cobertura de esgotamento


O documentário “Desaguar no Beberibe”, que mostra a dificuldade de acesso à água e a precariedade do saneamento básico em Recife e Olinda, conquistou o primeiro lugar na categoria videojornalismo do prêmio Inaldo Sampaio de Jornalismo, concedido pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE). A jornalista Letícia Barbosa, editora de Cinema e Teatro da Manguetown Revista e repórter do Redes do Beberibe, participou da produção, levando sua experiência em território para a construção do conteúdo audiovisual.


Doc Desaguar no Beberibe. Imagem Redes do Beberibe/ Divulgação
Doc Desaguar no Beberibe. Imagem Redes do Beberibe/ Divulgação

O filme apresenta um panorama crítico: 51 dos 94 bairros recifenses enfrentam rodízio de água e apenas 53% da população conta com esgotamento sanitário, enquanto em Olinda 30 dos 32 bairros passam por rodízio e apenas 44% têm acesso a saneamento básico. A produção combina entrevistas com moradores, pesquisadores e dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI), mostrando o cotidiano de quem sofre diretamente os impactos da falta de serviços essenciais.


Para Letícia, o diferencial da obra está na proximidade com as comunidades: “o diferencial do trabalho está em ser feito por jornalistas que estão no chão do território, que vivem na pele a carência de serviços e transformam isso em denúncia por meio da linguagem audiovisual”.

O documentário chega em um momento crítico, com o debate sobre a privatização da Compesa, que pode elevar preços e reduzir a qualidade dos serviços para a população mais vulnerável. Segundo Letícia, a premiação do TCE reforça o papel do jornalismo popular e independente: “o prêmio estimula a produção de jornalismo comprometido com a realidade das comunidades que convivem diariamente com a falta de serviços essenciais”. A produção evidencia como experiências cotidianas de carência podem ser transformadas em denúncias contundentes e em ferramentas de mobilização social.




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