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Luiza Bispo, editora da Manguetown Revista, participa do VIII Comúsica na UFPE

Jornalista apresentou artigo sobre resistência territorial e o papel das latinidades nas narrativas musicais contemporâneas


Entre os dias 8 e 10 de outubro, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) sediou o VIII Comúsica – Congresso de Comunicação e Música, um dos principais espaços de discussão sobre som, cultura e comunicação no país. Com o tema “Narrativas e materialidades da escuta”, o evento reuniu pesquisadores, comunicadores e artistas de diversas regiões do Brasil para refletir sobre como as experiências musicais moldam formas de narrar, sentir e compreender o mundo contemporâneo.


Luiza Bispo no Comúsica. Imagem: Cortesia
Luiza Bispo no Comúsica. Imagem: Cortesia

Entre as participantes esteve Luiza Bispo, jornalista e editora de Cidades e Culturas da Manguetown Revista, que apresentou um artigo sobre resistência territorial e expressões de latinidades nas narrativas musicais contemporâneas. Em sua pesquisa, Luiza analisou o álbum “Nadie Sabe Lo Que Va a Pasar Mañana”, do artista porto-riquenho Bad Bunny, destacando como o projeto articula identidade, pertencimento e memória coletiva a partir de uma perspectiva de resistência política e cultural.


Para Luiza, o contato com o universo acadêmico é fundamental para o aprimoramento do jornalismo: “Pra mim, enquanto jornalista, é muito importante esse entrecruzamento com o mundo acadêmico. Pesquisar e ter contato com o universo universitário e científico é crucial para o meu aprimoramento como comunicadora independente.” 

Ela reforça que, em tempos de desvalorização das universidades, ocupar esses espaços é essencial: “Em um tempo em que as universidades e as pesquisas são tão negligenciadas, é fundamental ocupar esses espaços. Acredito 100% que, pra todo jornalista que busca ser um bom investigador, pesquisar faz toda a diferença na formação, pois ajuda a ampliar o olhar, aprofunda o fazer jornalístico e conecta a gente a outras formas de pensar o mundo.”


Durante o congresso, Luiza destacou também a importância da troca de repertórios e saberes com pesquisadores de todas as regiões do país: “Essa edição do Comúsica foi um espaço de muito aprendizado, onde tive a chance de participar de uma troca de repertórios e saberes diversos ao lado de uma galera arretada vinda de todas as regiões do país, que pesquisa cultura, som e gêneros musicais e suas reverberações no campo acadêmico.”


Criado em 2010, o Comúsica busca promover o diálogo entre abordagens teóricas e metodológicas sobre os fenômenos musicais em suas diversas ambientações comunicacionais. Em sua oitava edição, o congresso enfatizou a escuta como prática narrativa e destacou as dimensões culturais, políticas e afetivas que atravessam as experiências musicais contemporâneas.


A presença de Luiza Bispo no evento reflete o fortalecimento das conexões entre o jornalismo cultural e a pesquisa acadêmica, aproximando a prática comunicacional das reflexões críticas sobre som, território e identidade.



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