“Árvore Ancestral”: exposição transforma o Daruê Malungo em território de memória e força dos Baobás
- Manu Gomes

- 24 de nov.
- 2 min de leitura
Mostra reúne fotografias, instalação cênica e celebra a ancestralidade negra; visitação é gratuita até 15 de dezembro

O Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo recebe a exposição “Árvore Ancestral”, um mergulho sensorial na memória, na espiritualidade e na resistência representada pelos Baobás de Pernambuco. A mostra apresenta um conjunto de obras que celebra esses gigantes como símbolos vivos da ancestralidade negra e da força que atravessa gerações.
Embora tenha sido inaugurada em 20 de novembro — data marcada pelo Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra — a exposição segue aberta ao público até o dia 15 de dezembro e segue se consolidando como um convite permanente à reflexão sobre memória, pertencimento e preservação.
Fotografia como guardiã da memória

De origem africana, os Baobás chegaram ao Brasil como sementes de sobrevivência e hoje guardam histórias que ultrapassam registros oficiais. É nesse encontro entre memória e imagem que nasce “Árvore Ancestral”, sob o olhar dos fotógrafos Luara Olívia e Mateus Guedes.
A exposição reúne 20 fotografias em grandes formatos e 15 Polaroides, revelando esses monumentos naturais ora em sua imponência, ora em sua intimidade. As imagens destacam a potência visual e espiritual que envolve cada árvore, reforçando seu valor como patrimônio cultural e natural.
Um espaço construído como rito

A cenografia amplia a imersão da mostra. Frutos suspensos, galhos, sementes e folhas coletadas ao longo da pesquisa transformam o Daruê Malungo em um ambiente ritualístico.
A sensação é de atravessar um espaço que respira memória, no qual o público é convidado não apenas a observar, mas a sentir — um encontro direto com o tempo, a ancestralidade e o silêncio sagrado dos Baobás milenares.
Patrimônio vivo

“Árvore Ancestral” se apresenta não apenas como uma exposição, mas como um gesto de cuidado. O projeto destaca a importância de preservar os Baobás de Pernambuco e de reconhecer seu papel como símbolos de resistência e continuidade. Cada imagem reforça a ideia de raízes que sustentam, galhos que protegem e frutos que seguem germinando futuros.
A idealização e concepção artística são de Mateus Guedes, com fotografias de Luara Olívia e do próprio artista. A dupla assina também a curadoria, acompanhada por uma equipe dedicada à criação, produção e cenografia.
Serviço
Exposição: Árvore Ancestral
Local: Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo – Rua Passarela, 18-A, Peixinhos
Visitação: Gratuita, até 15 de dezembro



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